quarta-feira, 24 de novembro de 2010

textos

LINHA NO ESCURO

É fita de risada
A criançada hurla como o vento
Mas os cotovelos se encontram
Se acotovelam e se apalpam

Mãos descem na calada da lua quadrângula
Enquanto a orquestra os cavalos o letreiro galopam

Entre saias uma lixa humana se arredonda
Mas quando amanhece
A mulher qualquer
Desaparece

Oswald de Andrade

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